Image Map
Mostrar mensagens com a etiqueta Vinhos Verdes. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Vinhos Verdes. Mostrar todas as mensagens

Valados de Melgaço - Novas Colheitas no Ibo Café (Lisboa)

Foi no passado dia 24 de Maio, no bonito espaço do Ibo Café, em Lisboa e junto ao Cais do Sodré, que o produtor Valados de Melgaço reuniu apreciadores, amigos e alguns curiosos para provar as novas colheitas prestes a sair para o mercado. A Valados de Melgaço apresenta-se atualmente como um importante player do concelho de Melgaço e consequentemente, dos Vinhos Verdes, com algumas referências de grande qualidade no seu portefólio, que ombreiam com alguns dos melhores vinhos desta região portuguesa de excelência para vinhos brancos, especialmente e reconhecidamente, produzidos a partir da casta alvarinho. A dupla de enólogos com grande responsabilidade no sucesso comercial destes vinhos, é constituída  por José António Lourenço e Fernando Moura.

A vista do Ibo Café para o Tejo, combinada com as iguarias do Chef João Pedrosa (Ibo Restaurante), constituíram-se como o cenário que serviu na perfeição para as novas estrelas no catálogo do produtor. A prova e o convívio foram abrilhantados pela presença sempre bem-disposta e conhecedora do escanção Manuel Moreira, bem como pelo gerente / diretor / responsável do projeto, Artur Meleiro, para além da equipa responsável pela organização da Chef's Agency.

O pretexto para este encontro foi a apresentação de três novos vinhos: o Quinta de Golães Colheita Seleccionada Branco 2017 (mais de 90% alvarinho, mineral e fresco, limão maduro e raspa de lima), o Valados de Melgaço Alvarinho Reserva 2017 (mais austero e impositivo, acidez crocante, irá evoluir superiormente) e finalmente o Quinta de Golães Escolha Tinto 2016 (uma surpresa, cujo estilo foi convenientemente definido por Manuel Moreira como "funky": nota carbónica, terroso, taninos presentes e sugestão de beterraba). Estas novidades acrescentam valor ao catálogo do produtor, que está por isso mesmo, de parabéns.

A tarde trouxe ainda a possibilidade de provar mais alguns vinhos da Valados de Melgaço, que estiveram também disponíveis na prova que decorreu em Novembro de 2017, no Panorama Bar do Sheraton Lisboa Hotel & Spa, da qual também vos demos conta aqui no Copo Meio Cheio:

- Quinta de Golães Colheita Selecionada Branco 2016
Quinta de Golães Escolha Tinto 2015
- Valados de Melgaço Alvarinho Reserva 2016
- Valados de Melgaço Alvarinho Reserva 2015
- Valados de Melgaço Alvarinho Vinificação Natural 2016
- Valados de Melgaço Espumante Extra Bruto Alvarinho Reserva 2015

O nosso aplauso para este projeto, cujo foco na qualidade dos vinhos produzidos o coloca entre os produtores que mais gostamos na sub-região de Monção e Melgaço, a par de Anselmo Mendes, Soalheiro, Quinta do Regueiro ou Quinta da Pedra. Para continuar a acompanhar de perto.

Finalmente, o meu agradecimento pessoal ao Artur Meleiro, ao Manuel Moreira e às equipas do Ibo Café e da Chef's Agency.

1. As novidades apresentadas pelo produtor

2. Os restantes vinhos em prova


3. O responsável da Valados de Melgaço: Artur Meleiro

4. Ibo Café: vista para o rio Tejo a partir do Cais do Sodré

5. Uma das iguarias preparadas pelo Chef João Pedrosa

6. Um dos melhores espumantes da região (e até nacionais),
apenas cerca de 3.500 garrafas produzidas

Artigo publicado a 17 de Junho de 2018.

Um Alvarinho de Vinificação Natural - Valados de Melgaço

1. Valados de Melgaço Alvarinho Vinificação Natural 2016

O produtor Valados de Melgaço, deslocou-se no dia 22 de Novembro ao bonito espaço do Panorama Bar, no 26º andar do Sheraton Lisboa Hotel & Spa, para apresentar uma novidade absoluta: um Alvarinho obtido por vinificação natural, da colheita de 2016. A empresa esteve representada pelo seu administrador, Artur Meleiro, que numa comunicação simples, bem-disposta e confiante nas potencialidades do novo produto, apresentou sucintamente os objectivos principais com este acrescento ao portefólio. A prova desta e de outras referências da Valados de Melgaço esteve a cargo de Manuel Moreira, distinto sommelier de méritos reconhecidos, e que aposta pessoalmente na qualidade destes vinhos praticamente desde o início do projecto.

Em prova estiveram ao todo sete referências, com a abertura da prova a caber ao Quinta de Golães Colheita Selecionada Branco 2016 (fresco e fluido, acidez ligeira num final leve) e o fecho ao Quinta de Golães Escolha Tinto 2016.

A vertical dos Valados de Melgaço Alvarinho Reserva, das colheitas de 2016, 2015 e 2014, revelou brancos finos e elegantes, complexos nos aromas tropicais e cítricos, encorpados qb mas com extraordinários finais de boca. O destaque vai para o 2014, confirmando o conhecido potencial dos Alvarinhos para o envelhecimento.

A grande surpresa de toda a prova (para mim, que não o conhecia) foi o Valados de Melgaço Espumante Alvarinho Reserva 2015 Extra Bruto, elegante e cheio de poder de sedução, acidez fantástica, mousse fina, final muito longo, um grande vinho.

Finalmente, a estrela do dia esteve também em grande plano, o Valados de Melgaço Alvarinho Vinificação Natural 2016 (PVP recomendado 17€), apresentou-se como o melhor dos brancos tranquilos em prova, complexo, tenso, cremoso, a acidez bem presente num final extraordinário de comprimento assinalável. Muito bem.

Uma prova interessante que permitiu compreender o (bom) trabalho deste produtor na região. Futuro garantido e vinhos que sem dúvida irão figurar em breve na minha garrafeira, com o destaque a ir por inteiro para os Valados de Melgaço, na versão Reserva, Espumante Extra Bruto ou na nova expressão "Vinificação Natural".

O Copo Meio Cheio agradece a Artur Meleiro (Valados de Melgaço) e à Patrícia Campos (Chef's Agency), o gentil convite para esta apresentação. Boas provas, com os Alvarinhos da Valados de Melgaço!!

2. Artur Meleiro na Quinta de Golães, berço dos Valados de Melgaço

3. Valados de Melgaço Espumante Alvarinho Reserva 2015 Extra Bruto


4. Gama de brancos tranquilos em prova


Artigo elaborado a 30-11-2017

La Bella Italia e um Alvarinho


Um dia, há alguns anos, provei um vinho siciliano, uma mistura de castas nativas da ilha do Sul de Itália. Era um Catarrato-Inzoglia... ou algo assim do género.

Lembro-me que era muito limonado, algo que na altura desconhecia totalmente, que algum vinho possuía essa capacidade.

Na quinta-feira, a acompanhar um interessante prato de tagliatelle com frutos do mar(interessante porque não tive tempo de comprar os ingredientes frescos e tive de me valer de produtos embalados...) tive o distinto prazer de abrir este Soalheiro, colheita de 2011.

O porquê da introdução, acerca de um vinho italiano?

Bem, porque nos primeiros segundos de vida (vida, entenda-se o vinho aberto...) tive a sincera recordação desse vinho em questão.

Este Alvarinho, muitas vezes apelidado de o melhor Alvarinho do país, era uma novidade na garrafeira cá de casa. Não que nunca o tivesse provado, mas estava mais habituado ao Reserva e ao Primeiras Vinhas, dois vinhos totalmente diferentes deste.

Portanto, Limão? Sim!
Fresco no paladar? Sim!
Excelente acompanhamento para o prato em questão? Sim!
Vale o preço que pedem por ele? Muitissimo subjectivo.

Para um vinho do dia a dia, não, de todo, não!

A carteira ressente-se disso, sempre são 9 ou 10 euros. Existem outras opções no mercado, que até poderiam complementar muito bem o repasto em questão, talvez um Loureiro quem sabe?

Mas abri este.

E não me arrependo da escolha, veja-se bem! Mas não é um vinho de abrir a boca de espanto, isso não é!

Vinhos de Assinatura Alvarinho Anselmo Mendes 2011

Cor amarelo-claro. Aroma elegante com citrinos maduros, limão, flor de laranjeira e uma ligeira sugestão de mel, alvarinho clássico com intensidade média. Na boca a mineralidade é evidente, corpo equilibrado, volume interessante, persistente e directo na acidez com que termina  este conjunto com bastante carácter.

Este branco da região dos Vinhos Verdes foi engarrafado exclusivamente para o clube de vinhos Enoteca, e apresenta-se como uma óptima proposta ao nível da relação preço-qualidade. Estágio em inox sobre borras finas com bâtonnage durante 4 meses.

Nesta prova acompanhou um prato clássico nacional: postas finas de pescada frita com arroz de tomate, e revelou-se uma harmomização de óptimo nível que superou as minhas melhores expectativas. Os aromas finos e bem definidos são um prazer para o olfacto, na boca a mineralidade e acidez com que termina são excelentes predicados para um prato com este teor lipídico... Normalmente não gosto de aconselhar as minhas harmonizações, mas neste caso não posso deixar de vos desafiar! Experimentem, e depois conversamos...
 




Produtor: Anselmo Mendes Vinhos
Região: Vinhos Verdes
Castas: Alvarinho (100 %)
Enólogo: Anselmo Mendes
Cave: 5 anos (até 2016)
Preço Recomendado: 7,60 € (www.enoteca.pt)

UA-64594990-1