Caros amigos e leitores, começo este artigo por confessar a minha admiração por João Portugal Ramos. Pela sua história profissional, plena de desafios, conquistas, um caminho cheio de inovação e muita qualidade, e também pelos muitos vinhos que já tive oportunidade de provar desenhados por este verdadeiro Senhor do Vinho em Portugal. De entre vinhos do Douro (projecto Duorum com José Maria Soares Franco), Tejo (Conde de Vimioso), Beira Atlântico (Quinta da Foz de Arouce) ou Alentejo, são estes últimos que captam hoje a minha atenção, com uma reconhecida marca no território nacional: Vila Santa. Alguns dos vinhos Vila Santa podem ser encontrados na maioria das mais comuns superfícies comerciais como o Jumbo, o Continente ou o Pingo Doce, para além de lojas da especialidade. Esta marca apresenta regularmente 5 referências com preço recomendado 9,99 €: o Reserva Tinto mais os monovarietais Trincadeira, Aragonez e Syrah e finalmente o Reserva Branco. Um portefólio bastante interessante de vinhos alentejanos, todos elaborados com uma qualidade acima da média e a um preço adequado.
Hoje trago-vos a minha opinião sobre a colheita de 2010 do Reserva Branco, um lote de Antão Vaz, Arinto e Verdelho, que ganhou de facto outra dimensão depois de algum tempo de evolução em cave, onde se desenhou um perfil gordo, cremoso, intenso de sabor e que dá muito prazer a beber. Este Reserva Branco de 2010 confirmou todos os predicados que lhe augurava e somou ainda mais um ou outro na vasta parafernália de descritivos bem positivos. Excelente. Um valor seguro.
Nota de Prova: Cor amarelo-vivo, clássica para um branco alentejano com cerca de 5 anos. Aroma bem definido, assente na fruta amarela madura (papaia, alperce ou diospiro) e nas sugestões fumadas. Estruturado, com a acidez bem presente, nuances de limão maduro, está um vinho bem cremoso e encorpado. Final de médio comprimento e envolvido em especiarias (pimenta branca).
Classificação: 16,5 valores.
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