Sob o lema #atreladosaravasqueira e a convite da Chefs Agency,
rumamos até ao Alentejo para conhecer o Monte da Ravasqueira, e os vinhos que
lá se produzem. Situado no concelho de Arraiolos, a apenas uma hora de
distância de Lisboa, o Monte da Ravasqueira dispõe de uma área total de vinha
de 45 hectares, que conta com castas tintas como o Syrah, a Trincadeira, o Petit
Verdot, a Touriga Nacional, a Sangiovese, entre outras, e nas castas brancas o Alvarinho,
o Viognier, o Sauvignon Blanc, entre outras.
Além da produção de vinhos, recentemente realizou investimentos na área
do enoturismo, muito convidativo para passar uns dias no campo. No monte existe
também uma impressionante coleção particular de arreios e carros de atrelagem
de diferentes épocas e estilos, que merece certamente uma visita.
A produção de vinhos teve início em 2001, e atualmente o Monte da Ravasqueira conta com uma capacidade de produção anual de cerca de um milhão de garrafas, que comercializam no mercado nacional e internacional sob as marcas Prova, Calantica, Fonte da Serrana e Monte da Ravasqueira.
Na gama MR Premium, contam com um Rosé, um Tinto e um Branco,
todos eles feitos a partir das melhores uvas das diferentes vinhas e com
estágio em barrica. Vinhos complexos, com potencial de crescimento em garrafa e
que exprimem bem a identidade do Monte da Ravasqueira. São vinhos que vão dar
que falar.
O Monte da Ravasqueira Vinha das Romãs, com o mesmo nome da vinha de onde vem as uvas das castas Syrah e Touriga Franca, mostra-se também ele bastante fresco, complexo, com bons taninos e com grande potencial de crescimento em garrafa. Um vinho que dá muito prazer ao beber e com uma ótima relação preço/qualidade.
Ao nível dos monovarietais tintos, o Monte da Ravasqueira conta
com um Nero d' Avola (NA), um Petit Verdot, um Syrah + Viognier, um Touriga
Franca e Sangiovese (SG). Destaque para o Syrah + Viognier (o meu favorito) e
para o Touriga Franca. Dois registos diferentes, mas muito excitantes e que
mostram bem o perfil dos vinhos do Monte da Ravasqueira. Vinhos diferentes, com
uma identidade própria, e que acima de tudo dão prazer ao beber.
Já ao nível dos monovarietais brancos, contam com um Alvarinho,
um Viognier e um Sauvignon Blanc (não provamos). Nota de destaque para o 100%
Alvarinho, muito expressivo, bastante fresco e com boa acidez.
A gama Monte da Ravasqueira conta também com um Reserva
Branco (Viognier e Alvarinho) e um Reserva Tinto (Touriga Nacional e Syrah). Ambos
vinhos bem conseguidos, equilibrados, muito gastronómicos e com boa relação
preço/qualidade.
Tivemos ainda o prazer de provar o Monte da Ravasqueira
Touriga Nacional e o que poderá ser o primeiro Espumante Monte da Ravasqueira (ainda
não comercializados). Nota de destaque para o Touriga Nacional… uma verdadeira
bomba, arriscando-me mesmo a dizer que é dos melhores TN que alguma vez tive
oportunidade de beber, e mal posso esperar por vê-lo engarrafado e nas
prateleiras das garrafeiras. Já o Espumante, teremos de esperar mais um pouco
para perceber o seu potencial, mas promete dar cartas.
Para terminar, um Monte da Ravasqueira Late Harvest, feito a
partir da casta Viognier. Vinho rico, equilibrado e bom companheiro, tanto para
aperitivo como para as sobremesas.
Os nossos agradecimentos ao Filipe de Mello, Pedro Pereira
Gonçalves, João Vilar, e a todos os que nos receberam com enorme simpatia no
Monte da Ravasqueira, e à Patricia Dias e à Ana Brandão da
Chefs Agency pelo convite.
Mais informação sobre o Monte da Ravasqueira em http://www.ravasqueira.com
Amigo Jerónimo, parabéns por este excelente artigo, bem conseguido e um excelente resumo do que de melhor podemos desfrutar por estas terras de Arraiolos... Foi pena não trazeres logo "atreladas" a ti algumas garrafas made in Monte da Ravasqueira, mas confio que em breve terei esse prazer! Grande abraço
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