Image Map

Adegga Summer Wine Market 2012 - Artigo 3/3

Azamor Wines - Alentejo
A Herdade do Rego, propriedade com 260 ha situada numa zona alta entre Borba e Elvas, foi comprada em 1998 pelo casal Luiz Gomes, formado por Alison e seu marido Joaquim. Do total da área da herdade, "apenas" 27 ha se encontram plantados (desde 2001 e 2002) unicamente com cepas tintas (Touriga Nacional, Touriga Franca, Trincadeira, Alicante Bouschet, Syrah, Merlot e Petit Verdot), e a construção da moderna adega ficou concluída em 2007. Trata-se de um terroir único, bem expresso na personalidade dos vinhos que tivemos o privilégio de provar na companhia de Alison Gomes. Aqui estão as principais impressões:


 
Azamor Colheita 2008
Este é o vinho que apresenta o portefólio Azamor e que resulta de um blend bastante complexo. De cor rubi, revela aromas bastantes frescos entre as notas vegetais, minerais e a fruta madura, evoluindo na boca para sabores complexos focados na fruta, finalizando com persistência muito agradável e suave balsâmico. (Preço recomendado: 7,50 € no El Corte Inglês).

Azamor Selected Vines 2007
Cor rubi brilhante, apresenta elegantes aromas de fruta silvestre como framboesas. No palato tem algum volume, evidenciando especiarias e taninos bem presentes, terminando com boa persistência. (Preço recomendado: 19,90 € no El Corte Inglês).
 
Azamor Petit Verdot 2008
O Petit Verdot compõe 85% do lote, sendo os restantes 15% obtidos a partir de Syrah. Apresenta uma profundidade de cor marcante, granada-escuro e opaco. No aroma fresco dominam as notas de arbustos, mato seco, ervas, folhas, bosque. No palato revela-se extremamente gastronómico, encorpado, a acidez é vibrante, termina longo e envolto em secura. Será perfeito para os pratos alentejanos baseados nas carnes de lenta evolução num forno a lenha, ou então com peças caça de sabores intensos como javali... (Preço recomendado: 21,50 € no El Corte Inglês).


Icon d'Azamor 2004
O topo de gama é um lote muito prometedor composto por Syrah (55%), Alicante Bouschet (35%) e Touriga Franca (10%). Está num momento de consumo fabuloso... Cor rubi com reflexos acastanhados. Aroma muito elegante nas notas de fruta vermelha fresca, vagem de baunilha e flores. A prova de boca é intensa, especiarias como canela, a elegância sempre presente, corpo contido e final longuíssimo... Uma fantástica expressão da qualidade a que podem ascender os vinhos da região alentejana, no entanto é um facto que os são pouco menos que proibitivos (Preço recomendado: 42,60 € em http://www.coisasdoarcodovinho.pt/).

O enfoque na qualidade dos vinhos produzidos é a principal característica a apontar desta prova. Nota-se também uma preocupação em apresentar vinhos gastronómicos, com alguma frescura, e sabemos que não é fácil obter este perfil no Alentejo, exigindo dedicação, rigor, disponibilidade e conhecimento. Um produtor que confirmou os predicados de que apenas suspeitava, e que como acontece com a Quinta do Filoco, em Lisboa praticamente só se encontra no El Corte Inglês... Esta é uma prova que perdurará na memória, e que confirma o Alentejo como uma das grandes regiões de Portugal para a produção de vinhos tranquilos.
 

2 comentários:

  1. Também me ficaram como boas referências e o Icon 2004 é mesmo excelente!!. Para mim, a excepção foi o Petit Verdot 2008 que não apreciei particularmente, pois achei-o muito "fechado" e agora que referes a "secura" dele, lembro-me que também foi essa a sensação que me deu, de o achar "seco", e me faltar esse termo para me esclarecer a mim próprio... mas como sugeres, como acompanhamento de certa gastronomia, talvez a minha opinião mude... mas ao preço que é, não me parece que irá algum dia arriscar.

    ResponderEliminar
  2. Amigo Belarmino, começo por lhe agradecer este comentário que valoriza sempre as nossas publicações :-) Dos 4 vinhos apresentados pela Azamor Wines neste evento o Petit Verdot foi o único que levei para a minha garrafeira! Concordo que não seja um vinho fácil, é mesmo algo agressivo na prova de boca, e parece-me ainda por harmonizar totalmente... Prevejo período óptimo de consumo lá para 2014/2015, vamos ver se o aguento até lá. Mas estou convicto que nessa altura dará muito prazer, embora seja de realçar o cuidado na harmonização com a comida, que conforme indiquei, me parece precisar de um prato de sabores intensos, não me sai da cabeça um ensopado de javali!! Por último, o preço recomendado é de facto elevado. Mas aqui que ninguém nos ouve, a minha garrafa acabou por adquirida a um preço muito razoável (sensivelmente 2/3 desse valor), o que contribuiu significativamente para a viagem que fez até junto das novas "irmãs", onde descansa neste momento!

    ResponderEliminar

UA-64594990-1