Cor vermelho-vivo. Pouco comunicativo de aromas no início, predominam as notas balsâmicas entrecortadas por sugestões de framboesa, terra molhada e casca de árvore. Ataque de boca incisivo, traços de acidez que marcam o palato, corpo médio onde se sente alguma barrica de qualidade, taninos presentes mas delicados e final de boca cheio de frescura envolto em especiarias e persistência assinalável. Complexidade de prova que merece atenção. Conjunto muito forte que não mostra cansaço apesar de idade. É possível que tenha já passado o seu ponto mais alto, mas a frescura com que se apresenta é desconcertante...
Este produtor alentejano merece da minha parte uma carinho muito especial, uma vez que me "abriu" o livro dos vinhos de excelência com o seu topo de gama, o Herdade do Meio Pinot Noir 2003 (poderão consultar diversos dados em http://www.winept.com/printDtl.asp?p=570). A avaliação do momento deste vinho ficará para outras núpcias, uma vez que repousa na garrafeira uma última garrafa que irá merecer todas as mais sentidas honras de despedida...
Voltando ao Herdade do Meio 2004 Tinto, este foi o primeiro tinto a ter o nome Herdade do Meio (segundo o contra-rótulo), trata-se de uma curiosidade, para um vinho desta região cuja colheita remonta há já 8 anos. É um acompanhamento perfeito para um bacalhau ou polvo à lagareiro e detém uma frescura que impressiona os sentidos e se mostra ainda cheio de vida. Surpreendeu pela positiva, quando se pensava que estaria já moribundo... Por este preço, é inacreditável!!
Já dei conta da garrafa que tinha na garrafeira e tenho a dizer que fiquei agradavelmente surpreendido pela qualidade. Ainda muito fresco apesar da idadde. Um prazer sem duvida.
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