No passado dia 19 de Junho, o Copo Meio Cheio fez parte de um ilustre grupo de visitantes provenientes da imprensa especializada, que se deslocaram a Estremoz à novíssima adega do produtor João Portugal Ramos. Esta visita, convocada pelo produtor, foi acompanhada por diversos elementos da equipa e pela própria família Ramos, com destaque para a nova geração (os dois filhos de João Portugal Ramos) que se encontra já completamente integrada no projeto. A família, pedra basilar da sociedade, alicerça aqui este projeto e dá-lhe garantias para um futuro (muito) risonho.
Falamos de um projeto que explora cerca de 600 ha de vinhas (entre próprias e arrendadas) e que exporta aproximadamente 60% da produção para diversos mercados externos. A João Portugal Ramos alberga cerca de 140 colaboradores presentes em 4 regiões do país: Vinho Verde, Douro, Beiras e Alentejo. Trata-se de um dos grandes projetos nacionais, que dá ao mundo vinhos de reconhecida qualidade, dos quais destacaria o Marquês de Borba Reserva Tinto, o Duorum Reserva Vinhas Velhas ou o Quinta de Foz de Arouce Vinhas Velhas de Santa Maria.
Esta visita teve o propósito de apresentar algumas novidades no portefólio, e também de apresentar oficialmente o novo projeto e em particular a nova adega, uma (grande) ampliação conseguida a partir da anteriormente existente. As diversas alterações introduzidas em todo o espaço interior e exterior, inseridas numa projeção financiada por fundos europeus, ascende a mais de 5 milhões de euros, e vai receber todas as operações da empresa. Todos os vinhos da operação João Portugal Ramos vão passar a ser engarrafados aqui em Estremoz, rotulados e embalados, num volume de produção estimado em cerca de 6 milhões de garrafas por ano, impressionante.
A visita começou junto dos novos lagares que estão a ser construídos, e avançou por toda a adega e espaços adjacentes. Depois de podermos assistir ao robótico funcionamento da linha de engarrafamento (naquele dia estava programado o engarrafamento de cerca de 26.000 unidades), e ainda ao artesanal e minucioso enchimento de garrafas Jeroboam (3 litros ou double-magnum) de Marquês de Borba Vinhas Velhas Tinto 2016, a animada visita culminou num pequeno terraço com vista privilegiada sobre a propriedade, onde todo o grupo foi recebido com um copo do Marquês de Borba Espumante Bruto Natural Rosé 2014 e algumas iguarias típicas da região alentejana, onde não faltaram o pão, o queijo, enchidos e empadas deliciosas.
Avançámos em seguida para o almoço, onde foi apresentada em primeira mão a nova imagem da marca Marquês de Borba, melhorada relativamente ao conceito anterior (já de si distinto e bem conseguido). Foram provados (e aprovados) quatro vinhos, as novidades Marquês de Borba Vinhas Velhas Branco 2017, Colheita Tinto 2017 e Vinhas Velhas Tinto 2016 e depois para finalizar com chave de ouro, o Duorum Porto Vintage 2007. Poderia ser melhor?
Aqui ficam as breves notas de prova dos novos vinhos degustados, com a promessa de regresso a esta extraordinária casa alentejana, sede de grandes vinhos portugueses e mundiais. Até breve!
Marquês de Borba Vinhas Velhas Branco 2017 (13€) - lote de Arinto, Antão Vaz, Alvarinho e Roupeiro, aroma rico e complexo, muito sedutor no envolvimento entre as notas cítricas (toranja) e minerais (xisto), vivo e alegre, corpo pronunciado na boca, temos branco untuoso, com volume, fresco e elegante, excelente estreia. 17,0 pontos
Marquês de Borba Vinhas Velhas Tinto 2016 (13€) - lote de Alicante Bouschet, Aragonês, Castelão e Syrah, muito atrativo nos aromas frutados, ligeira tosta da barrica, fruto preto, especiarias doces e ervas aromáticas, taninos presentes mas arredondados, uma aresta que lhe fica bem, final longo, potencial para evolução muito positiva em garrafa. 17,0 pontos
Marquês de Borba Colheita Tinto 2017 (5€) - lote de Aragonês, Trincadeira, Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Petit Verdot e Merlot, leve e distinto no nariz envolvido em groselha preta, equilibrado no perfil de boca, elegante, muito saboroso no final, preço incrível... 16,5 pontos
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