Confesso a minha ignorância acerca do Dão, talvez a mais portuguesa das regiões cá do burgo.
Acho todos os vinhos do Dão impregnados de mineralidade e robustez, mas ao mesmo tempo macios, cheios de calma e doçura.
Tal como a Bairrada me tomou de assalto os sentidos, com alguns exemplares de grande gabarito, também o Dão me tem conquistado.
Mas mais lentamente e de maneira muito mais suave. A minha recente busca por tintos e brancos capazes de aguentar alguns anos, levou-me a este produtor clássico e reconhecido.
Quinta de Ponte Pedrinha tinto de 2005. Quando o provei, já o tinha há algum tempo, mas do que lia e ouvia era guardá-lo porque os Dão eram clássicos e os clássicos não morrem.
Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro e Jaen são as castas que compõem o lote mais clássico do Dão e aqui não podia ser de outra maneira.
foto do blog ArtmeetsBacchus.blogspot.com
Tinha uma cor muito leve de vermelho, quase rosé mas não enganava no nariz. Uma pimenta suave e com o tempo a passar no copo, ganhou um toque mentolado.
Arrebatou-me os sentidos, deixou-me k.o
Conjugado com um coelho no tacho servido com arroz malandrinho, estava brutal.
Adorei, Adorei, Adorei.
Grande compra, a menos de 5€.
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