Nem só de reservas e Garrafeiras vive um homem.
Como quase todos os têm no vinho uma paixão arrebatadora, quase sempre temos na micro garrafeira lá de casa, meia-dúzia de coisas que convêm não tocar.
Ou porque estão prometidos para determinada ocasião ou porque não parece bem juntar um Quinta do Vale Meão com umas omeletes de espargos, sei lá... as razões são muitas e díspares.
Temos de nos valer então dos vinhos de combate.
Aqueles vinhos, que mesmo que não bebamos um copo todos os dias, sabemos que se batem bem com aquela cozinha do dia a dia e não envergonha ninguém.
Tintos, tenho as minhas preferências nestes valores alvo, aquele mercado dos 2 aos 4 euros.
Boas Quintas, Quinta da Ponte Pedrinha, Loios... para mim são valores garantidos.
Mas eis que chega o verão e muda o cardápio.
Fora com assados e longos cozinhados de tacho. Viva os grelhados, as saladas e coisas frescas.
Aqui, como costuma dizer o povo, muito inteligentemente, é que a porca torce o rabo.
Como eu não gosto muito de rosés e aprecio cada vez mais o branco, neste mercado que tem de agradar a palatos mais ... irritantes como o meu, parece-me certo dizer que neste capítulos dos 2-4 euros, também existem opções. Eu é que sou esquisito.
Testei Boas Quintas e Qt da Ponte Pedrinha e deram bons resultados, mas ainda eram pesadotes.
E muito por influência do Miguel, experimentei uma coisa do Tejo. Um Sauvignon Blanc.
Custou uns 3.25€ e bateu-se que nem um leão com umas postas de peixe espada grelhadas. Mas acho que faria maravilhas com salmão na grelha ou um peixe com mais gordura.
Tem a acidez no ponto certo. Está como peixe na água, com estes pratos. E mais não posso pedir, apenas recomendar.
Metam-no no frappe e deixem-no "gelar" um bocado. Apetece mesmo muito.
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