Cor palha aberta, laivos esverdeados, límpido. A prova abre com citrinos suaves, limão, lima, quase imperceptível nota de laranja, aroma delicado, frutado e levemente floral, com nuances de rosas. A agitação promove uma elevação da intensidade aromática, folha de limoeiro, sempre a base cítrica, alguma fruta amarela (marmelo). Na entrada mostra-se acídulo, os citrinos novamente no comando, alguma densidade e textura, nota-se a leve doçura do moscatel, mas num plano secundário, traços de maçã (golden). Termina com médio comprimento, em suaves amargos. Harmonioso.
"Este vinho foi produzido em memória dos doze primos e irmãos Da Franca que deram a vida em defesa do rei e pela independência de Portugal na Batalha de Aljubarrota em 1385. Forças comandadas por D. João I de Portugal e pelo seu general Nuno Álvares Pereira. A Batalha, que decorreu entre Lisboa e Leiria, resultou numa vitória decisiva para Portugal. Pelos seus atos patriotas e corajosos, o Rei ofereceu o escudo de armas reproduzido na garrafa dos nossos vinhos Da Franca".
Este interessante texto encontra-se no rótulo do vinho aqui apresentado, e introduz-nos à história familiar do produtor. Trata-se de um branco Regional Lisboa onde a palavra de ordem é a delicadeza, um conjunto suave, com algum pendor gastronómico, que aconselho para saladas bem compostas, peixes e carnes grelhadas (essencialmente brancas) e sobretudo, marisco. Ligará muito bem com crustáceos ou bivalves. Uma graduação alcoólica invulgarmente baixa nos tempos que correm (12,5%), poderá contribuir decisivamente para o seu perfil. Um projecto a descobrir.
Produtor: Nuno Da Franca Ribeiro
Região: Lisboa
Castas: Chardonnay, Moscatel, Fernão Pires e Arinto
Preço Recomendado: 4,00 € (preço de venda directa no produtor)
Miguel Zegre escreve de acordo com a antiga ortografia.
Excelente vinho branco!
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