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Herdade das Servas: as novidades e a vindima

O desafio estava lançado. Rumar até à Herdade das Servas em Estremoz, Alentejo, e conhecer as novidades e o programa de vindimas. Muito bem recebidos pelos irmãos Carlos e Luís Serrano Mira, que estão à frente dos destinos da Herdade das Servas, o dia começou com a apresentação e prova de quatro novos vinhos, três novidades e uma nova colheita - Alvarinho 2015, Reserva Branco 2015, Reserva Tinto 2013 e Parcela V - num ambiente descontraído e entre muita história sobre os vinhos do Alentejo.

Herdade das Servas Alvarinho 2015: A primeira novidade a ser apresentada nesta prova, é um alvarinho de uma região quente como é o Alentejo que pretende transmitir as características próprias da região e a forma como influenciam a casta. Vinho persistente, fresco, com um bom volume e acidez presente. Sem dúvida uma boa referência da casta Alvarinho no Alentejo que nos continuará a dar bons vinhos no futuro (PVP: 12€, 7.000 garrafas)

Herdade das Servas Reserva Branco 2015: Mais um novidade e a primeira edição desta nova gama da Herdade das Servas. Um blend de Arinto (50%), Verdelho (25%) e Alvarinho (25%), que fermentaram e estagiaram em barricas novas, com battonage durante 9 meses. Ainda a precisar de algum tempo em garrafa para se integrar na totalidade com a madeira, apresenta já uma boa estrutura e elegância. Um branco gastronómico mais vocacionado para ser consumido fora do verão. Vamos querer ver mais deste Reserva Branco (PVP: 15€, 1.500 garrafas)

Herdade das Servas Reserva Tinto 2013: Um blend de Alicante Bouschet (50%), Cabernet Sauvignon (30%), Alfrocheiro (10%) e Aragonez (10% ) com estágio em barricas novas e usadas. Aroma fantástico e fresco, muito bem integrado com a madeira, taninos presentes mas muito elegantes e um final prolongado. Vinho guloso e muito gastronómico, fica como uma referência dos vinhos tintos alentejanos (PVP: 18€, 12.000)

Herdade das Servas Parcela V: Proveniente da “Parcela V”, nome dado a uma parcela da vinha dos Clérigos com mais de 70 anos, a colheita de 2011 revelou-se excecional e deu origem a um vinho ainda jovem, cheio de estrutura e uma acidez e frescura acima do normal que lhe conferem longevidade e muita, mesmo muita vontade de o beber. Mostra a excelência do vinho alentejano (PVP: 50€, 1.200 garrafas)

Depois do prova, estava na altura de "testar" os vinhos à mesa no restaurante da Herdade, onde a chefe Maria da Fé  nos presenteou com um menu tipicamente alentejano e muito bem confecionado. A ligação resultou na perfeição e permitiu mostrar mais caracter dos vinhos.

Seguiu-se uma visita à adega, à cave de estágio das barricas e à sala onde são primorosamente guardados vinhos de colheitas antigas. O dia terminou com a pisa das uvas, neste caso da casta Aragonez, em lagares de granito, não fossemos estar no Alentejo. O ambiente descontraído e a motivação dos "pisadores" darão com certeza lugar a um grande vinho.... só o tempo o dirá.

Só nos resta agradecer o convite, e a hospitalidade e simpatia com que fomos recebidos. Será uma "aventura" a repetir.

(chegada à Herdade das Servas)
 

 (o anfitrião Luis Serrano Mira)

 (partilhar, partilhar, partilhar...)

 (os vinhos provados)

 (a visita)

 (a pisa da uva)

 (variedade das uvas plantadas)

 
Sobre a Herdade das Servas: A família Serrano Mira é uma das mais antigas na produção de vinho do Alentejo. Nas suas propriedades foram conservadas talhas de barro utilizadas na feitoria do vinho que datam de 1667. Estávamos em 1955 e o bisavô materno dos irmãos Carlos e Luís – a sexta geração de vitivinicultores desta família – foi um dos três sócios fundadores e o primeiro presidente de uma Adega Cooperativa no Alentejo. O avô paterno, Manuel Joaquim Mira, foi o primeiro a engarrafar os vinhos da família, na década de 1940, tendo criado uma das primeiras empresas particulares na produção de vinhos no Alentejo. Para perpetuar a história e a ligação da família ao mundo do vinho, mas desenhando e construindo um novo caminho, os irmãos Serrano Mira arrancaram, em 1998, com o projecto da Herdade das Servas. A Herdade das Servas zela actualmente por um património vitivinícola de 300 hectares, destacando-se as vinhas do Azinhal, da Judia, do Monte dos Clérigos e das Servas. Vinhas distintas entre si e que se complementam na idade, algumas com mais de 65 anos, e na identidade. Se o pelouro da viticultura está nas mãos da dupla Carlos Serrano Mira e Ricardo Constantino, a enologia está sob a batuta de Luís Serrano Mira, Tiago Garcia e Ricardo Constantino. A Herdade das Servas está equipada com a mais moderna tecnologia de recepção, vinificação e envelhecimento, produzindo vinhos com tradição, tempo, sabedoria e qualidade. Brancos, rosés e tintos chegam actualmente ao mercado com as marcas Monte das Servas e Herdade das Servas, tendo a marca Vinha das Servas sido descontinuada. Em 2014 foi criada uma nova marca, Valle das Servas, para o mercado internacional e para a distribuição moderna. Com vinhos para um consumo descomplicado, para o dia-a-dia de um consumidor mais exigente e para momentos especiais, a aposta é na diversificação, sempre com o objectivo de satisfazer o gosto do consumidor. O enoturismo foi desde sempre uma “peça” fundamental deste projecto. Receber e mostrar o processo de criação dos vinhos da Herdade das Servas faz parte da filosofia da família e da empresa. As etapas de degustação e harmonização gastronómica não foram esquecidas. A Herdade das Servas abre as suas portas para dar a conhecer os segredos de uma das mais antigas famílias produtoras de vinho no Alentejo. É com orgulho que a família Serrano Mira partilha a sua experiência e tradição na criação de vinhos com história e o “Alentejo de corpo e alma”. O convite é para que viva uma experiência única em comunhão com alguns dos mais preciosos néctares de Baco.

http://www.herdadedasservas.com/

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